A Síndrome do Pânico, também conhecida como transtorno do pânico, é um distúrbio de ansiedade caracterizado por crises súbitas e intensas de ansiedade, conhecidas como ataques de pânico. Esses ataques causam sintomas físicos e emocionais marcantes, como medo extremo e sensação de desespero. Durante o ataque, que atinge o ápice em até 10 minutos, a pessoa frequentemente acredita que está prestes a morrer ou que perdeu completamente o controle sobre si mesma.
O primeiro episódio de pânico pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é mais comum na adolescência ou início da idade adulta. A crise pode ocorrer de forma isolada, várias vezes ao dia ou até com meses de intervalo entre uma crise e outra. Há casos em que o ataque acontece até durante o sono. Esse transtorno afeta mais mulheres, possivelmente devido a flutuações hormonais.
As causas exatas da síndrome do pânico ainda não estão completamente esclarecidas, mas sabe-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida pode contribuir para seu desenvolvimento.
Entre os possíveis fatores desencadeantes, destacam-se:
Predisposição genética: Pessoas com histórico familiar de pânico têm maior risco.
Eventos traumáticos: Episódios de estresse extremo, perdas ou traumas podem desencadear a condição.
Comorbidades: Condições como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias aumentam o risco.
Estresse e pressão: Expectativas elevadas, perfeccionismo e responsabilidades excessivas podem ser gatilhos.
Uso de substâncias: Certos medicamentos, drogas ilícitas e abuso de álcool podem piorar o quadro.
Os sintomas da síndrome do pânico variam, mas para que um ataque de pânico seja caracterizado, a pessoa precisa apresentar pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
Esses sintomas são tão intensos que muitas pessoas acreditam estar tendo um infarto ou outra emergência médica grave. Frequentemente, quem sofre de síndrome do pânico também pode desenvolver depressão ou recorrer ao álcool e outras substâncias como forma de tentar aliviar as crises.
O diagnóstico da síndrome do pânico é clínico e segue critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Para o diagnóstico, é necessário que as crises sejam recorrentes e causem impacto significativo na vida da pessoa. O profissional de saúde mental avaliará o histórico de sintomas e comportamentos do paciente para garantir um diagnóstico preciso.
É comum que o médico realize exames físicos para descartar outras condições de saúde que possam causar sintomas semelhantes, como doenças cardíacas, problemas na tireoide, hipoglicemia e até mesmo distúrbios neurológicos. Exames como hemograma completo ou medição de cortisol podem ser solicitados para verificar o nível de estresse do paciente.
O tratamento adequado da síndrome do pânico é crucial para que a pessoa consiga recuperar sua qualidade de vida. Sem tratamento, os ataques de pânico podem levar a outras complicações, como o desenvolvimento de fobias (agorafobia é comum), depressão, isolamento social e abuso de substâncias. Tratar a síndrome do pânico:
Reduz a frequência e intensidade das crises: Com o tratamento, os ataques tornam-se menos frequentes e menos intensos.
Aumenta a qualidade de vida: Ao controlar os sintomas, a pessoa pode retomar suas atividades diárias com maior confiança.
Previne comorbidades: O tratamento diminui o risco de desenvolver outros transtornos, como depressão e abuso de álcool.
Promove o autoconhecimento e habilidades de enfrentamento: A terapia cognitivo-comportamental ajuda o paciente a entender seus gatilhos e a desenvolver técnicas para lidar com eles.
Reduz o estigma e aumenta o apoio social: Com orientação médica, o paciente aprende a buscar suporte sem medo ou vergonha.
O papel do psiquiatra é fundamental no diagnóstico e no tratamento da síndrome do pânico. Este profissional de saúde mental realiza uma avaliação completa para confirmar o diagnóstico e identificar possíveis comorbidades. Além disso, ele é responsável por prescrever os medicamentos adequados e monitorar a resposta do paciente ao tratamento, ajustando as doses conforme necessário.
Além do tratamento farmacológico, o psiquiatra orienta o paciente sobre a importância da psicoterapia e, muitas vezes, trabalha em conjunto com psicólogos para garantir que o paciente receba um cuidado integral. Buscar a ajuda de um psiquiatra qualificado permite um acompanhamento especializado, essencial para o manejo eficaz da síndrome do pânico e a promoção do bem-estar do paciente.
A síndrome do pânico é uma condição complexa que impacta significativamente a vida de quem a enfrenta. No entanto, com o tratamento adequado, composto por medicação e psicoterapia, é possível controlar as crises e recuperar a qualidade de vida. Reconhecer os sinais e buscar ajuda profissional são passos fundamentais para que o paciente possa lidar com o transtorno de maneira saudável e sem medos.
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